O ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) é uma das principais portas de entrada para o ensino superior no Brasil. A prova é conhecida por ser longa e cansativa, mas em 2013, ela trouxe um elemento completamente novo para os estudantes: um jogo de apostas.

O jogo funcionava da seguinte forma: cada candidato tinha direito a apontar o número de acertos que teria na prova. O valor apostado era pago pelo próprio participante e, caso ele acertasse a quantidade de questões que previu, receberia um prêmio em dinheiro.

A princípio, a ideia pareceu interessante para muitos candidatos, que viram na possibilidade de ganhar dinheiro uma forma de tornar o vestibular mais atraente. No entanto, logo surgiram críticas em relação ao jogo.

Uma das principais críticas foi em relação à mudança no foco dos estudantes. Ao invés de se preocuparem em estudar e se preparar para a prova, muitos passaram a se preocupar apenas em acertar a quantidade de questões que haviam apostado.

Além disso, o jogo de apostas trouxe uma preocupação extra para os candidatos. Afinal, nem sempre é fácil prever quantas questões se acertará em uma prova complexa como o ENEM. Muitos estudantes se sentiram pressionados a apostar um número elevado de acertos, o que acabou levando a resultados desastrosos em suas provas.

Por fim, o jogo de apostas também gerou uma polêmica em relação à ética. Muitos acreditam que o fato de o próprio estudante pagar pela aposta foi um incentivo para fraudes. Afinal, quem estivesse disposto a trapacear poderia facilmente apostar em um número muito baixo de acertos e, assim, obter o prêmio.

Diante de todas essas críticas, o jogo de apostas do ENEM de 2013 acabou sendo um fracasso. Apesar de ter gerado alguma curiosidade no início, a ideia acabou sendo uma distração para os estudantes e uma polêmica para os órgãos responsáveis pela educação no país.

Hoje, a ideia do jogo de apostas no ENEM parece distante. Os estudantes continuam se preparando da maneira tradicional, sem precisar apostar em quantas questões acertarão na prova. E, para o bem da educação, é melhor que continue assim.